Padim da Graça: Homem negou ter roubado fios de ouro a duas mulheres
autor
Um indivíduo foi acusado de ter assaltado duas mulheres que estavam numa zona de paragem de autocarros, em Padim da Graça, roubando-lhes os fios de ouro que elas traziam ao pescoço. No julgamento, o arguido em prisão preventiva, negou os factos, apresentando como uma das suas testemunha um detido.
O arguido e a sua principal testemunha de defesa foram protagonistas em assaltos levados a cabo na vizinha freguesia barcelense da Pousa. Mas sobre a nova acusação contra si, Nelson A., de 31 anos, foi esta quarta-feira peremptório na resposta dada ao colectivo da Vara Mista: “não fui eu”.
Nelson é acusado de ter assaltado, por volta das 15 horas do dia 1 de Maio do ano passado, as cidadãs Inês Costa, quando esta seguia a pé pela Rua da Igreja, e Luísa Ferreira que, na altura, se encontrava junto da paragem de autocarros, em Padim da Graça.
O arguido começou por abordar Inês, sob o pretexto de querer saber se ela conhecia um tal “senhor Adão”. No momento em que ela apontou na direcção de uma habitação, o arguido arrancou-lhe bruscamente o fio de ouro que ela trazia ao pescoço, avaliado em 350 euros.
De seguida, encaminhou-se para junto da ofendida Maria Emília. Usou o mesmo estratagema e, num gesto rápido, arrancou-lhe o fio de ouro avaliado em mil euros. Não conseguiu, todavia, apoderar-se também da bolsa que ela trazia e na qual ela guardava os seus documentos pessoais e dinheiro, porque Maria Emília começou a gritar.
No julgamento, perante o colectivo presidido pelo juiz João Paulo Pereira e a procuradora do Ministério Público, Ângela Neto, o acusado recordou ter assumido os dois crimes cometido s naquela freguesia de Barcelos com o também detido José António. Os roubos que lhe são atribuídos neste processo não foram da sua autoria - frisou.
A ofendida Inês reafirmou o teor da acusação, adiantando que o arguido fugiu num carro branco. Cerca de três dias depois ouviu a notícia segundo a qual o indivíduo que andara a roubar cidadãos na via público pelo método do esticão fora detido e por isso foi à Barcelos resgatar o seu fio, avaliado em 300 euros.
Maria Luísa referiu que se preparava para vir no autocarro para Braga, quando foi abordada e roubada, momentos depois de se ter interrogado sobre as pretensões de um indivíduo que estava a olhar muito para ela. Eram 15.25 horas. “Ele não tirava os olhos de mim e para o saco” - disse.
As duas mulheres descreveram as situações que viveram junto das autoridades policiais e que levaram estas a identificar o arguido como suspeito dos dois roubos em Padim da Graça.
A testemunha José António, actualmente detido, sustentou a tese de Nelson: nesse dia, na sequência dos assaltos na Pousa, vieram directamente para Braga para adquirirem droga em Santa Tecla, num carro branco. Não passaram por Padim da Graça. Duas outras testemunhas traçaram o perfil do arguido, o seu passado toxicodependente e o esforço que actualmente faz para se curar do vício da heroína e cocaína para se reintegrar socialmente
Nas alegações finais, o advogado de defesa, Luís Paulo Silva, pediu a absolvição do arguido, argumentando quer com as contradições das duas ofendidas na identificação de Nelson perante as autoridades, quer também com a forma como se processaram tais reconhecimentos.
Fonte: Correio do Minho
Sem comentários:
Enviar um comentário